Perfil de Atendimento em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em um município do oeste paranaense, segundo o Protocolo de Manchester

As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) que têm por finalidade prestar atendimentos de média complexidade estão se tornando uma porta de entrada para resolução de atendimentos de baixa complexidade. O presente estudo avaliou o perfil de atendimento de pacientes que procuram as UPAs em um município do oeste do Paraná, segundo o Protocolo de Manchester. Com isso, objetivou-se caracterizar a demanda de usuários que buscam suporte na Atenção Secundária e identificar se o uso desses serviços ocorre conforme é determinado pela Política Nacional de Atenção às Urgências e Emergências (PNAU). Trata-se de uma pesquisa retrospectiva e transversal de abordagem quantitativa. Para determinação de resultados foram selecionadas pessoas, de todas as idades, atendidas em 2 UPAs do município durante o período de janeiro até dezembro de 2019. A amostra válida do estudo foi de 144.459 atendimentos realizados e classificados de acordo com a classificação de risco. Constatou-se que a maioria dos atendimentos prestados foram classificados como verde e amarelo, diferentemente do que é proposto pela lei. Portanto, concluiu-se que existe uma divergência entre a proposta original de que atendimentos de média complexidade devem ser prestados pelas UPAs, como estabelecido pela PNAU, e o atual cenário de atendimentos realizado por essas Unidades.