
Perfil das prescrições de antimicrobianos de uso restrito em uma Unidade de Terapia Intensiva
Author(s) -
Gilvania Nascimento Souza,
Murilo de Jesus Porto,
Juliana Pereira dos Santos,
Anderson Leite Freitas,
Phydel Palmeira Carvalho
Publication year - 2021
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v10i8.16565
Subject(s) - medicine , gynecology
Os antimicrobianos são fármacos que agem inibindo o crescimento ou a morte de microrganismos, sendo a segunda classe de medicamentos mais prescrita em hospitais e responsável por 20 a 50% das despesas hospitalares com medicamentos. Este estudo teve como objetivo analisar o perfil das prescrições de antimicrobianos de uso restrito em uma Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de um estudo farmacoepidemiológico descritivo de delineamento transversal, com abordagem quantitativa de análise estatística de dados secundários do setor de Farmácia do Hospital Universitário de Lagarto/SE (HUL), entre os meses de janeiro a dezembro de 2019, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Instituição preponente Faculdade AGES (Número do parecer: 3.758.862). Das 329 solicitações de antimicrobianos de uso restrito referentes ao ano de 2019, 41,51 % dos eram pacientes idosos, 52,83 % do sexo masculino, 26,75% com diagnósticos de sepse e 23,40% com problemas do trato respiratório. O uso do Carbapenêmico Meropenem (35,56 %), o glicopeptídeos Vancomicina (20,67%) e a Piperacilina + Tazobactam (19,77%) foram os medicamentos mais prescritos. Esse resultado pode ser explicado pelo fato de serem antimicrobianos de amplo espectro, utilizado inicialmente como terapia empírica em situações consideradas graves, e depois mantido como meio de se ter mais segurança e uma ampla efetividade contra diversos microrganismos. Subsidiar indicadores epidemiológicos que podem ser utilizados para a melhoria da assistência à saúde, pode proporcionar a eficácia de tratamentos propostos, além de nortear sobre pontos que necessitam de ajuste no fluxo de prescrição e liberação de tais medicamentos.