
Homens lusófonos, consumo de álcool e riscos de câncer: Sob a influência cultural da masculinidade
Author(s) -
Margareth Santos Zanchetta,
Ingryd Cunha Ventura Felipe,
Renê dos Santos Spezani,
Veronica Finamore,
Christian Bergeron
Publication year - 2021
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v10i7.16530
Subject(s) - medicine , gynecology
Objetivo- Explorar as percepções culturais subjacentes ao conceito de masculinidade sobre o consumo de álcool e o risco potencial de câncer por homens lusófonos. Metodologia- Sondagem quanti-qualitativa anônima online pela plataforma Opinio (Maio 2018-Março 2019). Resultados- Respondentes vivendo no Brasil, Canadá, Portugal e USA (n=184) indicaram que o consumo do álcool integra a identidade cultural masculina principalmente como percebida por 89% dos respondentes brasileiros. A ocupação profissional de maior tendência para o consumo do álcool é a construção civil (23.2%) e seu consumo foi percebido por 17.5% dos respondentes como sendo parte da vida dos estudantes masculinos, enquanto que o desemprego ou a instabilidade no trabalho foram relatados por 17.5% como relacionados ao contexto de vida masculina. A análise temática foi guiada pelos temas: Práticas particulares do consumo alcoólico segundo a percepção de masculinidade no contexto etnocultural lusófono; e, Tendências do consumo alcoólico influenciado pela origem etnocultural, pressão social, e resposta aos fatores estressantes como risco potencial para o câncer. Conclusão- Respondentes recomendaram a maior acessibilidade dos resultados de pesquisa demonstrando a relação entre consumo de álcool e maior risco para o desenvolvimento de câncer como fator de desmistificação da inocuidade do álcool em relação ao câncer. A pesquisa multidisciplinar e aquela conjunta entre a Enfermagem do Trabalho e a Oncológica podem redirecionar políticas preventivas do câncer aos homens. Esforços futuros devem incluir ações tanto no âmbito individual como no coletivo, com medidas para atuação sobre os fatores de risco que podem aumentar o risco de câncer.