Espécies medicinais do Brasil com potencial anti-inflamatório ou antioxidante: Uma revisão

As plantas medicinais são utilizadas pela população desde tempos imemoriais, representando uma fonte notável para o tratamento de diversas doenças humanas, que podem ter seu risco reduzido pela ingestão de produtos à base destas plantas, benefícios que são atribuídos a alguns metabólitos secundários que apresentam uma diversidade de atividades, dentre elas destacam-se a antiinflamatória e/ou antioxidante. O objetivo desse trabalho é realizar um levantamento bibliográfico buscando as espécies mais utilizadas de plantas medicinais do Brasil com potencial anti-inflamatório e antioxidante da última década. Foram utilizadas publicações indexadas nas bases de dados PubMed, Science Direct e Scielo nos últimos 10 anos, utilizando os seguintes descritores: “Brazilian medicinal plants”, “anti-inflammatory activity” e “antioxidant activity” Utilizando o marcador booleano “AND” assegurando a especificidade nas buscas. Foram identificados 1.185 artigos, onde 1.140 foram eliminados por não atenderem aos critérios de inclusão ou exclusão. O total de 45 artigos foram incluídos, categorizados de acordo com a utilização para atividade anti-inflamatória e atividade antioxidante. Dentre os compostos ativos com atividades anti-inflamatórias tem-se alguns compostos polifenólicos, além de alcalóide, terpenóide e esteróides. Estes metabólitos secundários atuam em diferentes alvos envolvidos no processo inflamatório. Os estudos têm demonstrado que os compostos polifenólicos, principalmente os flavonoides, apresentam propriedades antioxidantes que podem ser utilizados para fins terapêuticos em doenças como crônico-degenerativas. Esses resultados sugerem as perspectivas de estudos futuros para se obter uma melhor compreensão dos componentes individuais e o uso desses compostos como um possível agente terapêutico para patologias como a inflamação e aumento de radicais livres.