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Associação de esteatose hepática em pacientes em pré-operatório de cirurgia bariátrica com apneia obstrutiva do sono
Author(s) -
Letícia Elen Carpenedo Frare,
Daniela Pantano Alves,
Isabela Resende Farias,
Giuliana Moreira de Medeiros,
Carolina Ferraz de Paula Soares
Publication year - 2021
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v10i6.15495
Subject(s) - medicine , gynecology
A apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma doença global que se associa à síndrome metabólica, especialmente à obesidade. A hipoxemia intermitente decorrente da AOS pode levar a um aumento na resistência à insulina e a uma alteração no metabolismo lipídico, podendo precipitar o desenvolvimento de esteatose hepática, caracterizada pelo acúmulo de lipídeos no interior dos hepatócitos, considerada provável causa principal de morbidade e mortalidade ligada a doenças do fígado. Dessa forma, este estudo retrospectivo buscou avaliar uma possível relação entre a AOS e a esteatose hepática em pacientes obesos no pré-operatório para cirurgia bariátrica. A partir da coleta de dados de 1.416 prontuários de pacientes em avaliação pré-operatória, obteve-se dados dos exames de ultrassonografia (USG) e polissonografia (PSG), resultando em uma amostra de 87 indivíduos avaliados. Desta amostra, 61% dos indivíduos eram do sexo feminino, com idade média de 39 anos de idade, com desvio padrão (d.p.) de 11,4 e IMC de 39.3 (d.p. 4,4). A ultrassonografia classificou como portadores de esteatose hepática 74 indivíduos (85%). O valor médio do Índice de apneia-hipopneia (IAH) foi de 33.5 (d.p. 28.9) e do Índice de dessaturação da oxihemoglobina (IDO) foi de 41.4 (d.p. 34,1). Os pacientes foram divididos em 2 grupos: um grupo com IAH menor ou igual 15 eventos/hora e outro com IAH maior ou igual 16 eventos/hora. O grau de esteatose diferiu entre os grupos pelo IAH (p <0,001) e sexo (p <0,001).  Após o ajuste de várias variáveis por meio de regressão múltipla, apenas o sexo masculino foi um preditor de graus mais elevados de esteatose. Concluímos que há maior prevalência de esteatose hepática entre portadores de AOS, sendo que os principais fatores associados a esteatose foram o IAH e sexo masculino, porém após regressão apenas o sexo feminino seria preditor de proteção à esteatose na amostra estudada.

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