Uma discussão teórica acerca do currículo e deficiência: Implicações para concepções e práticas de ensino

Este artigo objetiva discutir modos de organização curricular em atenção às necessidades de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, público alvo da educação especial, com o foco nas concepções e práticas de ensino. Para tanto, baseia-se em uma metodologia de estado da arte sobre currículo e educação especial relativa ao intervalo de 2015-2019 na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). O levantamento teórico, oriundo de pesquisa de Iniciação Científica da Universidade do Estado da Bahia (2019-2020), coopera para o entendimento acerca de um currículo comum e acessível a todos estudantes e suas reverberações nas práticas de ensino para turmas inevitavelmente heterogêneas, principalmente na concepção de deficiência basilar para o engendramento destas práticas. No tocante às categorias identificadas na pesquisa a) concepção ampla e b) concepção individualizada, nota-se a separação do seguinte quantitativo: do total de 32 estudos analisados, 7 trabalhos baseiam-se na concepção ampla e 25 trabalhos são calcados na concepção individualizada. A prevalência de estudos na perspectiva de uma concepção curricular individualizada desperta atenção e, sob os aspectos balizados neste texto, indicam a importância da ampliação da ideia de um mesmo currículo acessível a quaisquer estudantes. Indubitavelmente, a divulgação do estudo pode favorecer ao campo da inclusão do público alvo da educação especial, especialmente por inspirar futuras pesquisas e experiências para a garantia dessa inclusão escolar.