Aspectos neuropsiquiátricos da COVID-19

A nova infecção pelo coronavírus, descoberta ao final de 2019, na China, se disseminou pelo mundo rapidamente, atingindo todos os continentes, sendo então declarada uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS). De modo a inibir a transmissão da doença, diversas medidas restritivas foram adotadas por autoridades públicas, o que determinou uma série de alterações no funcionamento da sociedade. Para além da própria doença infecciosa, o COVID-19 tem um profundo impacto na saúde mental da população, com repercussões sociais e neuropsiquiátricas. Sendo assim, o presente trabalho objetivou analisar os principais aspectos envolvidos apontados na literatura, por meio da revisão de estudos realizados com diferentes populações no Brasil e no mundo, delineando assim os principais pontos de discussão. Para cumprir com tal propósito, optou-se por uma revisão bibliográfica do tipo narrativa a partir da busca de artigos referentes aos aspectos social, neuropsiquiátricos e de saúde mental no contexto da pandemia de COVID-19, nas bases de dados “PubMed”, “Scielo” e “Google Acadêmico’. Como resultado, observou-se que a pandemia de COVID-19 está envolvida em uma série de alterações na esfera social, com impacto emocional significativo, e repercussões neuropsiquiátricas de modo a causar diversos sintomas associados aos principais transtornos de saúde mental. Nesse sentido, pode-se afirmar, portanto, que a pandemia de COVID-19 deve ser entendida como muito mais que apenas um perigo de doença infecciosa, e que seu impacto na saúde mental da população não deve ser negligenciado, e sim estudado de maneira mais aprofundada e combatido pelas autoridades competentes.