A resistência bacteriana frente a antibióticos utilizados no tratamento da gonorreia: uma revisão de literatura

A gonorreia é uma doença sexualmente transmissível que está entre os problemas de saúde pública mais comum em todo o mundo. Essa doença tem como agente etiológico a bactéria gram-negativa Neisseria gonorrhoeae que é um microrganismo restrito aos seres humanos. Por se apresentar como uma infecção frequente, N. gonorrhoeae evidencia, uma extraordinária capacidade de desenvolver resistência a múltiplas classes de antibióticos, tornando-se de extrema importância, além de preocupar as autoridades de saúde pública. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi apresentar um levantamento acerca dos principais antibióticos associados à resistência atribuída a N. gonorrhoeae, de acordo com publicações científicas apresentadas nos anos de 2017 e 2018, em diferentes bases de dados (Scielo, PubMed, Lilacs e Google Acadêmico). Por meio de uma revisão integrativa da literatura, utilizando termos de acordo com os Descritores em Saúde – DeCS localizou-se em base de dados nacionais e internacionais, artigos que possuíssem íntima relação com o tema proposto. Os mesmos foram selecionados para a análise e descrição dos dados, permitindo assim uma compreensão do problema apresentado. Concluiu-se que a resistência aos antibióticos, por linhagens de N. gonorrhoeae, se alastra no mundo. É possível perceber que antibióticos ceftriaxona, cefixima, cefotaxima, penicilinas, tetraciclinas e derivados dos macrolídeos já não são mais eficazes no tratamento de infecções provocadas por este microrganismo. Os achados alertam para esse grave problema de saúde pública.