
Ocorrência de Babesia spp. em cães utilizando a técnica de esfregaço sanguíneo
Author(s) -
Bruna Louise Adona Reis Pereira,
Eveline da Cruz Boa Sorte,
Jaqueline Camargo Borges,
Adriane Jorge Mendonça
Publication year - 2021
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v10i2.11907
Subject(s) - babesia , cytology , medicine , biology , gynecology , pathology
A babesiose é uma zoonose causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Babesia, que obrigatoriamente vivem no interior das células sanguíneas. Transimitida por carrapatos ixodídeos, ela pode acometer tanto animais domésticos, quanto silvestres. No Centro-Oeste, apesar de já existirem descrições da hemoparasitose, pouco se sabe referente à sua ocorrência, sendo a maioria dos estudos referentes à detecção por meio de diagnósticos moleculares. Apesar disso, o esfregaço sanguíneo mostra-se um método diagnóstico fundamental, principalmente, por ser um exame de triagem, viável, altamente conclusivo e de baixo custo. Este estudo objetivou enfatizar a importância do esfregaço sanguíneo como diagnóstico da enfermidade. Realizou-se um levantamento dos achados de Babesia spp. em esfregaços sanguíneos da rotina do HOVET – UFMT, durante o período de doze meses, bem como foi buscada a existência de um perfil hematológico, visando validar a suspeita mesmo em casos de baixa parasitemia. Foram processados 5.333 hemogramas caninos, destes, os que apresentaram o trofozoíto da Babesia spp. na citologia dos esfregaços foram submetidos à avaliação do resultado de seus exames. Foi constatado que mesmo em casos que a citologia resulte negativa, com o histórico clínico associado ao perfil hematológico é possível validar a suspeita da hemoparasitose. Verificou-se a ocorrência de 0,3% de babesiose em cães, sendo a maioria dos achados esporádicos. Os principais achados hematológicos foram anemia (68,75%) normocítica normocrômica (45,45%), trombocitopenia (87,5%), leucopenia (75%), eosinopenia (68,75%), linfopenia (87,5%) e monocitose (18,75%).