
Perfil epidemiológico das pessoas que vivem com HIV-AIDS: um desafio social
Author(s) -
Edvaldo Benevides de Souza,
Renata Campos Silva,
Nádia Cristina Ferraz Chiachio
Publication year - 2021
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v10i16.24159
Subject(s) - medicine , human immunodeficiency virus (hiv) , gynecology , virology
A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA; AIDS - acquired immunodeficiency syndrome) é uma manifestação clínica avançada, decorrente de um quadro de imunodeficiência causado pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH, HIV-human immunodeficiency virus), o qual é transmitido pelas vias sexual, parenteral ou vertical. (UNAIDS. AIDS epidemic update; 2007). O HIV altera o DNA da célula, cria um ciclo de infecção em que, continuamente se multiplica, o que a tornou uma patologia crônica e potencialmente letal (Brasil, 2020). Para conter o quadro epidêmico da doença, faz-se estritamente necessário o acompanhamento e tratamento dos pacientes infectados. Diante disso, foi realizado a partir deste artigo, um estudo transversal descritivo, com base em dados do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), disponíveis no DATASUS, entre os períodos de 2010 e 2020, em cujo objetivo foi verificar o perfil epidemiológico das pessoas que vivem com HIV-AIDS, no Município de Vitória da Conquista, e constatar os efeitos da estigmatização da doença, do preconceito e mais atualmente da pandemia causada pelo vírus Covid-19. Dos dados coletados, cerca de 59,81% dos pacientes eram do sexo masculino, e 56,12% do sexo feminino. A maioria dos casos diagnosticados eram jovens de 18 a 28 anos. Em relação às notificações, as mesmas se mantiveram instáveis até o ano de 2019, no total em cerca de 24.000 a 25.000 casos notificados. Já no ano de 2020, ocorreu uma queda, com 8.434 casos notificados. Quanto à questão das raças, na pesquisa apontam para um aumento no número de casos de aids entre os pretos e pardos para ambos os sexos; negros foram cerca de 3.000 em 2008, passando por 1.915 em 2019, decaindo para 541 casos. Já os pardos, em cerca de 9.000 mil, em 2008, decaindo para 2.474, em 2020, enquanto que entre os brancos apontam para uma redução proporcional. Portanto, o estudo conclui que, questões sociais e outros fatores externos refletem no perfil de pacientes infectados pelo vírus HIV, assim como provocam alterações nos índices da doença no município de Vitória da Conquista.