
O rompimento do mineroduto em Santo Antônio do Grama/MG: impactos socioambientais na perspectiva da mídia nacional
Author(s) -
Letícia Dimas de Melo,
Cláudia Duarte da Conceição,
José Alves Ferreira Neto,
Júnia Soares Alexandrino,
Jussara Aparecida de Oliveira Cotta
Publication year - 2021
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v10i16.23930
Subject(s) - humanities , political science , art
É inegável a importância da atividade mineira para a economia do país. Contudo, um empreendimento mineiro traz intrínseco à sua atividade a alteração do meio ambiente onde se instala. Para gerenciar estes impactos e garantir que medidas compensatórias sejam aplicadas por parte da mineradora, o governo, criou um procedimento de licenciamento ambiental. O mineroduto sistema Minas-Rio, o maior do mundo, teve processos de solicitação de licenças polêmicos e cheio de imbróglios junto ao Ministério Público Federal. Entretanto, contando com a boa vontade política dos estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, obteve não apenas as licenças autorizativas, mas também, benefícios de incentivo fiscal e o título de utilidade pública. Em 2018, com menos de quatro anos de operação, a mineradora Anglo American administradora do sistema, registrou duas ocorrências de rompimento do mineroduto, que acumularam 474 toneladas de polpa de minério de ferro no ribeirão Santo Antônio. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar os principais impactos socioambientais causados pelo rompimento do mineroduto Minas-Rio sob a ótica da mídia e, para tanto, buscou elucidar quais foram esses principais impactos e quais foram as principais notícias pós-acidente. Foram realizadas pesquisas nos principais meios de comunicação do país, além de pesquisas bibliográficas em trabalhos científicos. Como resultado do estudo, pode-se afirmar que o impacto socioambiental decorrente do mineroduto Minas-Rio está muito além dos episódios de rompimento ocorridos em março de 2018 e que o poder econômico foi colocado acima dos deveres com o meio ambiente.