
Ansiedade, sintomas depressivos e qualidade de vida em mães de recém-nascidos com malformações congênitas: um estudo de acompanhamento durante o primeiro ano pós-parto
Author(s) -
Sheila Jaqueline Gomes dos Santos Oliveira,
Carolina Santos Souza Tavares,
Débora Cristina Fontes Leite,
Marlon Brandam Brandão Rodrigues,
Andréia Centenaro Vaez,
Paulo Ricardo MartinsFilho
Publication year - 2021
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v10i16.23405
Subject(s) - medicine , humanities , art
Objetivo: Avaliar a qualidade de vida, ansiedade e sintomas depressivos de mães de recém-nascidos com malformações congênitas admitidos na unidade de terapia intensiva (UTIN) e acompanhados no seu primeiro ano de vida. Métodos: Estudo longitudinal realizado com mães que tiveram recém-nascidos com malformações congênitas estruturais admitidos na UTIN. Foram avaliados três desfechos: (1) qualidade de vida através do WHOQoL-BREF, (2) ansiedade pelo Inventário de Ansiedade Traço-Estado, e (3) sintomas depressivos através do Inventário de Depressão de Beck. Cinco avaliações foram realizadas: entre 24h e 48h após o internamento do recém-nascido, na alta da UTIN e aos três, seis e 12 meses de vida da criança. As mudanças longitudinais nos escores dos desfechos de interesse foram analisadas através do teste de Friedman com avaliação post-hoc de Conover para múltiplas comparações. Resultados: Dezesseis mães foram seguidas durante um ano. Durante o período de acompanhamento, não foram observadas mudanças significativas nos escores de qualidade de vida, com exceção do domínio psicológico (p = 0.023) especialmente comparando-se a admissão com os valores obtidos 12 meses após o nascimento da criança (p = 0.006). Um aumento nos escores de ansiedade-traço e ansiedade-estado foi observado aos 6 meses de vida da criança em relação à primeira avaliação, sendo classificado como severo em 75.0% e 87.5% das mães, respectivamente. Conclusão: Mães de crianças com malformações congênitas apresentaram alterações importantes em seu estado psicológico. É necessária a implementação de programas de apoio psicossocial que promovam a investigação e tratamento de transtornos mentais maternos especialmente durante os seis primeiros meses de vida da criança.