
Estresse ocupacional dos profissionais de enfermagem durante a pandemia de Covid-19 no Brasil
Author(s) -
Viviane Vanessa Rodrigues da Silva Santana Lima,
Gabriel Soares Bádue,
Julyanne Florentino da Silva Araújo,
Mariana de Oliveira Moraes,
Christefany Régia Braz Costa,
Paulo Ricardo MartinsFilho,
Tatiana Rodrigues de Moura
Publication year - 2021
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v10i15.22023
Subject(s) - covid-19 , medicine , humanities , art , disease , pathology , infectious disease (medical specialty)
Introdução: A pandemia de COVID-19 mudou drasticamente a rotina de trabalho dos profissionais de saúde, acarretando sobrecarga de atendimento, esgotamento físico e alterações significativas na saúde mental. Objetivo: Investigar o estresse ocupacional entre profissionais de enfermagem durante a pandemia de COVID-19 no Brasil. Métodos: Estudo transversal realizado através de um questionário online anônimo. A coleta de dados ocorreu por meio das mídias sociais Facebook, WhatsApp, Instagram e e-mail. Nós analisamos as associações entre o desfecho de interesse e as variáveis independentes através do cálculo da razão de prevalência (RP) com intervalo de confiança (IC) de 95%. O teste de Cochran-Armitage foi utilizado para se averiguar o comportamento da RP conforme as diferentes categorias para as variáveis escolaridade, renda e nível de cuidado. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: De 2986 profissionais da enfermagem incluídos no presente estudo, 2704 (90,6%; IC 95% 89,5 – 91,6) relataram estresse ocupacional durante a pandemia de COVID-19. Um aumento na prevalência de estresse ocupacional foi observado conforme o aumento no nível de escolaridade (p < 0.001), renda (p < 0.001) e nível de cuidado (p < 0.001). Profissionais com mais de 20 anos de experiência profissional também relataram maiores níveis de estresse ocupacional. Conclusão: Nossos achados revelam uma prevalência de estresse ocupacional de aproximadamente 90%, sendo maior entre enfermeiros com maior nível de escolaridade, renda e quanto mais complexo o nível de atenção em que atua.