Notificação e identificação do abuso sexual de vulnerável por meio de alterações orofaciais e aspectos comportamentais no ambiente odontológico

O presente trabalho tem como objetivo contribuir aos profissionais da área de Odontologia, informações sobre identificação e notificação de abuso sexual no ambiente odontológico, por meio da análise comportamental e de manifestações orofaciais. Este estudo consiste de revisão de literatura, qualitativa do tipo integrativa. Por meio de consultas nas bases de dados: Google Acadêmico, SciELO, BVS, e PubMed, foram buscados artigos entre os anos de 1990 a 2021, preferencialmente com as palavras chaves: Abuso Sexual Infantil, Notificação Compulsória de Abuso, e Infecção Sexualmente Transmissível. O abuso sexual infantil muitas vezes não é diagnosticado e nem notificado, sendo o cirurgião-dentista obrigado a notificar situações suspeitas ou confirmação de maus tratos, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA. Entretanto, existe pouco conhecimento sobre à violência infantil, dificuldade na identificação dos principais sinais/manifestações do abuso sexual e dúvidas sobre como proceder diante os casos, sendo necessário orientação profissional ao cirurgião-dentista, para ajudá-lo tanto no diagnóstico, quando no registro da violência infantil. A comunidade odontológica é essencial no diagnóstico/ prevenção dos maus tratos, no tratamento das lesões orofaciais derivadas do abuso e auxilio nas notificações da violência infantil, devendo ser conscientizada sobre o combate ao abuso e negligências infantis, levando em consideração, que pode responder legalmente a não realização das deliberações do ECA. Conclui-se que lesões provenientes dos maus tratos, inclusive do abuso sexual, comprometem a região orofacial, sendo indispensável que cirurgiões-dentistas estejam aptos para identificar e denunciar os casos de suspeita de abuso sexual de vulnerável.