Silagens de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) aditivadas com resíduo de açaí (Euterpe oleracea)

Durante a estiagem, o déficit hídrico faz com que as gramíneas apresentem baixa qualidade, além de causar redução na oferta desse volumoso, assim, a ensilagem é uma alternativa, pois preserva forragens, para alimentar os animais nesse período. Objetivou-se avaliar silagens de capim-elefante aditivadas com resíduo de açaí sobre as características sensoriais, o padrão fermentativo, estabilidade aeróbia e composição químico-bromatológica. Os tratamentos consistiram na silagem de capim elefante com inclusão de 0 e 15% de resíduo na matéria natural, com 5 repetições. O capim foi oriundo da Fazenda Experimental da Ufopa. O resíduo do açaí foi coletado em 4 pontos de vendas distintos (Natureza, Tapajós, Nativo e Alemão). O valor médio de pH das silagens foi de 3,86. A média de temperatura dos tratamentos foi de 24,35°C. A silagem sem adição de açaí apresentou menor teor de matéria seca (247,82 g/kg). A silagem sem resíduo de açaí apresentou menor teor de FDN (631,24 g/kg). O tratamento com adição de resíduo do açaí Nativo apresentou maior teor de PB (70,42 g/kg) em relação à silagem Natureza (58,62). Quanto ao nitrogênio amoniacal, o tratamento Tapajós obteve o maior teor (3,6%). As silagens sem adição de açaí e Alemão mantiveram-se estáveis durante o período de exposição ao ar. Conclui-se que a adição de 15% de resíduo de açaí ao capim-elefante para ensilagem mantém as características sensoriais de silagens de boa qualidade nutritiva, aumenta os teores de MS e de FDN e reduz a MM. As silagens de capim-elefante e Alemão apresentaram melhor estabilidade aeróbia.