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Epidemiologia da mortalidade por câncer de mama no Brasil entre os anos de 2009 e 2019 e a influência de aspectos socioeconômicos e demográficos
Author(s) -
Fernanda Odete Souza Rodrigues,
Marcela de Carvalho Cruz,
Bruna Rezende do Amaral,
Luísa De Luca Felicíssimo,
Larissa Teodoro,
Myriam Dantas Pereira,
Fernanda De Luca Felicíssimo,
Bárbara Bicalho Dias,
Ana Clara Monteiro Caixeta,
Thiago Vinícius Gomes de Oliveira,
Angélica Lafetá Rabelo,
Victória Maria Silva Sampaio,
Juliana Ribeiro de Paula,
Manuela Xavier Cajado Sampaio,
Larissa Monteiro Silva,
Letícia Christiane Huida dos Santos,
Priscilla Martins Valadares
Publication year - 2021
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v10i13.21314
Subject(s) - medicine , gynecology
Este estudo objetivou revisar a epidemiologia brasileira da mortalidade por câncer de mama feminino no período entre os anos de 2009 e 2019, apresentando as principais características do perfil da doença no país e analisando a influência de variáveis socioeconômicas e demográficas sobre os registros fatais. Trata-se de um estudo ecológico e descritivo, norteado por dados obtidos através da plataforma eletrônica do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). O número de mortes foi progressivo ao longo do intervalo avaliado e a média de óbitos destes anos foi igual a 15.095, destacando-se, dentro desse valor, um percentual de 98,85% referente à mortalidade feminina, enquanto, em homens, o encontrado foi de apenas 1,15%. Quanto à distribuição dos óbitos femininos entre macrorregiões brasileiras, o sudeste representou 51,01% dos 164.153 verificados em todo o país. A população que respondeu pela maior parte das mortes foi composta por mulheres com idades entre 50 e 59 anos, de cor branca (59,66%) e com 8 a 11 anos de estudo (20,74%). O câncer de mama ainda responde pela maior causa de óbitos por neoplasias malignas em mulheres. Aspectos como raça, escolaridade e a composição das macrorregiões brasileiras impactam, anualmente, na elevação da taxa de óbitos pelo câncer de mama, sobretudo pela influência do contexto socioeconômico, restringindo o acesso aos serviços de saúde e ao atendimento médico qualificado, fato que indica que a vulnerabilidade social é importante entrave para o alcance da efetiva promoção da saúde no país e do controle da mortalidade pela neoplasia maligna de mama.