Tratamento endodôntico de dente com necrose pulpar e lesão periapical com instrumentos Reciproc Blue e XP-Endo Finisher: relato de caso clínico

O objetivo do tratamento endodôntico é prevenir ou eliminar a periodontite apical através da limpeza, modelagem e obturação do sistema de canais radiculares. O preparo químico-mecânico é a etapa do tratamento endodôntico com maior capacidade de promover a redução de microrganismos presente no interior dos canais radiculares. Com o objetivo de superar desafios anatômicos, especialmente casos com curvaturas, novos tratamentos térmicos às ligas dos instrumentos endodônticos têm sido propostos para aumento da flexibilidade. O objetivo do presente relato de caso clínico é descrever os procedimentos endodônticos realizados com Reciproc Blue e XP-Endo Finisher em um incisivo lateral superior com necrose pulpar e presença de lesão periapical. Paciente do sexo masculino foi encaminhado à clínica de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP com necessidade de tratamento endodôntico. O exame clínico relevou resposta negativa ao teste de sensibilidade pulpar ao frio. Radiograficamente foi observado presença de restauração na face mesial e presença de lesão periapical. O tratamento endodôntico foi realizado sob magnificação através de microscópio operatório. Após anestesia local e abertura coronária, o tratamento endodôntico foi realizado utilizando instrumentos Reciproc Blue, com a técnica de desinfecção coroa-ápice. Foi realizada a patência e ampliação foraminal. O nível de instrumentação foi determinado em 1 mm além do forame apical. A substância química auxiliar empregada foi a clorexidina a 2% gel e solução salina estéril como solução irrigadora. Ao final do preparo químico-mecânico foi realizada a irrigação final com 3mL de EDTA 17%, sob agitação do instrumento XP-Endo Finisher por 1 minuto. Em seguida, o canal radicular foi obturado através da técnica de cone único utilizando guta-percha médium e cimento endodôntico (Endomethasone). O corte da guta-percha foi realizado com instrumento termoplastificador, 2 mm abaixo da junção amelo-cementária. O selamento coronário foi realizado com a colocação de coltosol na entrada dos canais radiculares, seguido da inserção da resina composta fotopolimerizável pela técnica incremental.