
Importância do teste de genotipagem em pessoas vivendo com HIV no Estado do Pará, Brasil
Author(s) -
Aline Cecy Rocha de Lima,
Alexandre Augusto Bentaberry-Rosa,
Maria Amélia de Oliveira Costa,
Rubens Einar Corrêa Dantas,
Andréa Nazaré Monteiro Rangel da Silva,
Jacqueline Cortinhas Monteiro,
Rosimar Neris Martins Feitosa
Publication year - 2021
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v10i12.20117
Subject(s) - medicine , humanities , human immunodeficiency virus (hiv) , gynecology , philosophy , family medicine
O presente estudo objetivou caracterizar o perfil clinico-epidemiológico de pessoas vivendo com HIV (PVHIV) residentes no estado do Pará. Foram incluídos todos os indivíduos, independente de idade ou sexo, cujas amostras, de 2013 a 2015, foram encaminhadas ao Laboratório Central do Pará (LACEN-PA) para a realização do teste de genotipagem do HIV. Os dados foram obtidos por meio da coleta de informações nos laudos do teste de genotipagem guardados no LACEN. Foram coletadas informações como sexo, idade, nível de escolaridade, raça, ano de diagnóstico, motivos relacionados a mudança de esquema terapêutico e presença de mutações. O gênero masculino foi predominante, com faixa etária entre 40 e 50 anos ou mais, pardos e com ensino fundamental. A maioria teve o diagnóstico para o HIV entre os anos 2000 e 2009, tendo a maior parte apresentado mudanças de esquema terapêutico. Tal fato se deu em grande parte pela presença de falha terapêutica e intolerância, corroborando assim com a presença de mutações. No presente estudo observamos um perfil epidemiológico de PVHIV condizente com a literatura, caracterizado pela prevalência do gênero masculino, com faixa etária entre 40 e 50 anos ou mais, pardo e escolaridade em nível fundamental. Foi possível observar também um alto índice de mudanças nos regimes terapêuticos, de falha terapêutica, além de elevadas taxas de mutações. Demonstrando assim, a importância do exame de genotipagem não só para a escolha da terapia mais adequada como também para a adoção de estratégias que busquem melhorar a adesão de PVHIV ao tratamento com antirretrovirais. Novos estudos que possam contribuir com a compreensão e identificação das mudanças dos regimes terapêuticos assim como a contribuição destes para o aparecimento de mutações e consequente falha terapêutica são necessários.