O idoso em processo de reabilitação: cuidados de enfermagem à corpos limitados funcionalmente

Objetivo do estudo: Analisar os aspectos que envolvem o cuidado e suas implicações na dinâmica familiar do paciente idoso, com deficiência física, em processo de reabilitação. Metodologia: Estudo de natureza interpretativa, descritiva reflexiva e abordagem qualitativa, com base na Teoria das Relações Sociais (TRS), de Moscovici e o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), de Lefèvre e Lefèvre, para sua sustentação. Teve sua realização num Centro Especializado em Reabilitação (CER), no sul de Santa Catarina (SC), escolhidos segundo a intencionalidade da pesquisa. Empregou-se, durante a fase da coleta de dados, as seguintes técnicas: observação sistemática, entrevista híbrida, genograma; ecomapa. Resultados: O universo de participantes foi de 08 idosos, sendo 62,5% (n = 05) homens, com média de idade de ±74,2 anos; 62,5% (n = 05) moradores de Criciúma e 75% (n = 06) em reabilitação pós Acidente Vascular Encefálico (AVE), média entre a lesão e a admissão de ±74,3 dias e tempo de permanência na reabilitação de ±207,2 dias. Evidenciou-se alterações significativas na dinâmica familiar dos idosos, que referiram receber cuidados genuínos e espontâneos, porém predomina, entre os participantes, o sentimento de responsabilidade por mudanças significativas nas rotinas das vidas de seus familiares. Considerações finais: O cuidado é algo inerente e constituinte do ser humano, indo além de práticas newtonianas-cartesianas e cabe ao enfermeiro auxiliar esse idoso, em processo de reabilitação e sua família/cuidador a entender essa complexidade, fornecendo subsídios para que o binômio idoso-familiar/cuidador encontre formas que contemplem as necessidades agora apresentadas para todos.