
Utilização de antimicrobianos em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: um estudo transversal retrospectivo
Author(s) -
Cinara Rejane Viana Oliveira,
Izamar Nunes Macedo,
Maria Teresita Bendicho,
Rosa Malena Fagundes Xavier
Publication year - 2021
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v10i1.11794
Subject(s) - medicine , meropenem , gynecology , neonatal intensive care unit , antibiotics , pediatrics , antibiotic resistance , microbiology and biotechnology , biology
O presente trabalho analisa a utilização dos antimicrobianos em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, tendo em vista o seguimento farmacoterapêutico. Trata-se de um estudo de corte transversal realizado no período de junho a dezembro de 2018. Desse modo, observou-se que foram internados 124 pacientes na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Deste total, 56 atendiam aos critérios de inclusão da pesquisa. Quanto às características da população estudada, a maioria dos pacientes foi do sexo masculino 60,7%, a principal hipótese diagnóstica de infecção nos neonatos foi sepse precoce, correspondendo 55,3%. Dos pacientes analisados 23 (41%) tiveram hemocultura positiva, sendo que a principal bactéria isolada foi Staphylococcus coagulase negativa. A frequência dos antimicrobianos prescritos por paciente variou, sendo que: 5 (9%) utilizaram apenas 1 antimicrobiano, 28 (50%) utilizaram entre 2 e 3 antimicrobianos e 23 (41%) utilizaram mais de 3 antimicrobianos. Os antimicrobianos mais prescritos foram gentamicina 33 (15,7%), ampicilina 32 (15,2%), amicacina 27 (12,8%) e Oxacilina 23 (11%). Em relação aos dias de tratamento, vancomicina e meropenem foram os medicamentos prescritos que tiveram maior duração, ambos 56 dias. Os dados apresentados demonstraram que o perfil da UTI neonatal estudada segue uma tendência mundial, fomentando a necessidade de desenvolver políticas de saúde que priorizem o uso racional de antimicrobianos.