
Como trabalham os comunicadores na pandemia do Covid-19?
Author(s) -
Roseli Fígaro,
Janaina Visibeli Barros,
Naiana Rodrigues da Silva,
Camila Acosta Camargo,
Ana Flávia Marques da Silva,
João Augusto Moliani,
Jamir Kinoshita,
Daniela Ferreira de Oliveira
Publication year - 2020
Publication title -
revista jurídica trabalho e desenvolvimento humano
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2595-9689
DOI - 10.33239/rjtdh.v.76
Subject(s) - covid-19 , humanities , political science , physics , business , medicine , philosophy , disease , pathology , infectious disease (medical specialty)
Este artigo trata dos resultados da pesquisa: Como trabalham os comunicadores na pandemia da Covid-19? A investigação não probabilística, de carácter exploratório, aplicou questionário com questões abertas e fechadas, online, via plataforma do Google, no período de 5 a 30 de abril, e ficou disponível nas redes sociais do Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho e de parceiros da pesquisa. O questionário obteve 557 respondentes comunicadores de todo o país, em diferentes atividades laborais. Os resultados, discutidos neste artigo, mostram que há aumento das jornadas de trabalho, há intensificação da atividade laboral, com uso de equipamentos próprios, cujos custos oneram o comunicador; intensificou-se o uso das plataformas e aplicativos no processo produtivo, para a organização, controle da gestão do trabalho, da rotina produtiva e, sobretudo, do fluxo de informação. As empresas, em geral, adotaram o home office e, quando a atividade não permite o distanciamento, criaram turnos mistos, presencial e a distância, nesses casos, a adoção de EPIs se apresenta como um complicador da relação trabalhador-empresa-público. No home office, os comunicadores precisam reorganizar o espaço doméstico e o acompanhamento dos filhos. Os profissionais se sentem mais cansados, inseguros com o futuro, temem o contágio, pela vida dos familiares, a situação de colapso do sistema de saúde, mas preocupam-se com o trabalho: perder o emprego, ter redução de salário, perder contratos etc. são preocupações que atormentam e tornam as jornadas mais estressantes. Mesmo com todos esses problemas, há um grande engajamento para a realização do trabalho.