Efeitos da estimulação elétrica neuromuscular associada ou não a exercí­cios de contração muscular voluntária máxima

O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da estimulação elétrica neuromuscular (EENM) sobre o tecido muscular e paní­culo adiposo, suprajacente ao músculo reto do abdome, comparando os resultados entre 18 e 36 sessões. A pesquisa envolveu 16 voluntários do sexo feminino, com idade variando entre 18 e 23 anos, divididos, aleatoriamente, em dois grupos distintos, classificados segundo aplicação da EENM e da EENM associada ao exercí­cio de contração voluntária máxima (CVM). Os participantes foram estimulados durante 12 semanas, 3 vezes por semana, totalizando 36 sessões, utilizando um eletroestimulador, de média freqüência, de 2500 Hz, com pulsos de 50 Hz, modulado em salvas de 200 ms e repouso de 10 ms, amplitude acima de 100 mA, suficiente para produzir contração muscular visí­vel. Não houve controle alimentar durante a pesquisa e, também, nenhuma alteração da rotina alimentar dos indiví­duos. Para variável de controle, todos os indiví­duos foram submetidos í  mensuração da espessura do tecido muscular e do paní­culo adiposo, antes e após o programa proposto por meio de ultra-sonografia. Para avaliar os efeitos da eletroestimulação foi utilizado o teste de t student para amostras dependentes. Após análise do exame ultrasonográfico e tratamento dos dados, constatou-se aumento significativo na espessura ântero-posterior do tecido muscular dos dois grupos (p < 0,05), tanto em 18, como em 36 sessões. Não houve resultados satisfatórios no paní­culo adiposo. Portanto, a EENM mostrou-se eficaz com os parâmetros descritos apenas para o tecido muscular. Palavras-chave: eletroestimulação, estimulação elétrica neuromuscular, ultra-sonografia.