
Fatores de risco para reintubação na unidade de terapia intensiva de um hospital de trauma
Author(s) -
Julia Alencar Renault,
Polliana Oliveira Melo,
Priscilla Cristina Ribeiro Soares
Publication year - 2021
Publication title -
fisioterapia brasil
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2526-9747
pISSN - 1518-9740
DOI - 10.33233/fb.v22i4.4910
Subject(s) - medicine , gynecology
A ventilação mecânica (VM) é um recurso frequentemente utilizado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No entanto, a necessidade de reintubação após a retirada do suporte ventilatório está associada a desfechos desfavoráveis. Os objetivos deste estudo foram identificar possíveis fatores de risco e desfecho clínico de pacientes reintubados na UTI de um hospital referência em trauma. Foi realizado um estudo de coorte prospectivo no período de 4 meses com pacientes adultos internados na UTI e que permaneceram em VM por pelo menos 24 horas. A amostra foi composta por 100 pacientes divididos em grupo de pacientes não reintubados e pacientes que cursaram com necessidade de retornar à VM. Foram reintubados 27 pacientes, 18 deles reintubados em até 48 horas após extubação. A idade, diabetes, obesidade, tempo de VM até a extubação e frequência respiratória (FR) foram variáveis que apresentaram diferença estatisticamente significativa entre grupos (p < 0,05), porém não puderam ser apontadas como fatores de risco independentes de retorno à ventilação. A reintubação foi associada à necessidade de traqueostomias (TQT) (p < 0,001), maior tempo de permanência em VM (p < 0,001), internação prolongada na UTI (p < 0,001) e mortalidade (p < 0,005). Idade, presença de diabetes, obesidade, maior tempo de VM e FR pré-extubação mais elevada foram as variáveis relacionadas à reintubação. Este evento foi diretamente associado a piores desfechos como necessidade de TQT, maior dependência de VM, internação prolongada na UTI e mortalidade.