
Dois tipos de treinamento muscular inspiratório sobre a força muscular de pacientes após revascularização do miocárdio: ensaio clínico
Author(s) -
André Luiz Lisboa Cordeiro,
Lucas Oliveira Soares,
Meire Laiana Lima Vasconcelos,
Taiane Ribeiro da Paixão Correia,
Adriele Santos de Souza,
André Raimundo Guimarães,
Jefferson Petto,
Pedro Henrique Cerqueira de Andrade
Publication year - 2021
Publication title -
fisioterapia brasil
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2526-9747
pISSN - 1518-9740
DOI - 10.33233/fb.v22i3.4796
Subject(s) - medicine , gynecology
Introdução: A cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) causa alterações na musculatura respiratória que afetam a capacidade funcional e complicações pós-operatórias (DCP). O treinamento muscular inspiratório (TMI) é uma ferramenta utilizada por esses pacientes, mas não se sabe qual é a melhor forma de aumentar a força. Objetivo: Investigar se o TMI com dispositivo de carga de pressão linear é superior ao incentivo inspiratório na capacidade funcional e força muscular de pacientes submetidos à CRM. Métodos: Este é um ensaio clínico. Os pacientes foram avaliados no pré-operatório para pressão muscular inspiratória (PImáx), pressão expiratória (PEF), pico de fluxo expiratório (PFE), teste de caminhada de seis minutos (TC6) e medida de independência funcional (MIF). Após a cirurgia, eles foram divididos em três grupos: grupo controle (GC), grupo treinamento com carga linear de pressão (IMT) e grupo incentivo inspiratório (GI). No dia da alta, todos os pacientes tiveram suas variáveis anteriores reavaliadas. Resultados: O estudo incluiu 56 pacientes, 31 (55,4%) eram do sexo masculino e idade média de 55 ± 12 anos. Houve redução significativa em todas as variáveis, em relação à PImáx, o IMT apresentou valor maior no pós-operatório 83 ± 19 cmH2O, contra 70 ± 15 cmH2O no GC e 80 ± 15 cmH2O no GI (p < 0,001). O mesmo comportamento foi observado na PEmáx, 77 ± 12 cmH2O no IMT, 67 ± 14 cmH2O no GC e 75 ± 10 cmH2O no GI (p <0,001). Em relação ao TC6, houve menor perda no TMI de 434 ± 15 metros para 398 ± 20 metros no GI (p < 0,001). Conclusão: Conclui-se que o treinamento muscular com dispositivo de carga pressórica linear é superior ao treinamento com incentivo inspiratório na capacidade funcional e da força muscular em pacientes submetidos à CRM.