
Os efeitos da estimulação elétrica funcional na marcha de crianças com paralisia cerebral hemiparética após estimulação dos músculos tibial anterior e tríceps sural
Author(s) -
Fabiene Balbino Lima Da Costa,
Laila Cristina Moreira Damázio
Publication year - 2017
Publication title -
fisioterapia brasil
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2526-9747
pISSN - 1518-9740
DOI - 10.33233/fb.v11i1.1334
Subject(s) - medicine , humanities , philosophy
A paralisia cerebral (PC) interfere na execução dos movimentos devido aos padrões anormais da coordenação, postura e tônus muscular. Estima-se que no Brasil existam 17 mil novos casos por ano, sendo considerado problema social e de saúde pública. A hemiparesia se caracteriza por espasticidade no hemicorpo contralateral ao hemisfério cerebral afetado. A marcha hemiparética não apresenta o toque do calcâneo no início do apoio bipodal pela incapacidade do músculo tibial anterior em produzir tensão suficiente para realizar o movimento de dorsiflexão. A fase de impulsão também fica comprometida em decorrência da fraqueza do músculo tríceps sural, constituindo fator limitante para a marcha. Estudos morfológicos sugerem que a fraqueza do músculo parético é mais incapacitante que a espasticidade, ela ocorre devido ao desuso, perda de unidades motoras, alteração na ordem do recrutamento, tornando-se necessário o fortalecimento desta musculatura para melhorar a capacidade de geração de força e habilidade motora. A estimulação elétrica funcional (FES) promove fortalecimento com possibilidade de redução da assimetria cortical, pois envolve processos relacionados í movimentação voluntária. O objetivo do presente estudo é comparar os efeitos da FES na funcionalidade da marcha em pacientes com PC após sua aplicação nos músculos tibial anterior e tríceps sural. Os resultados obtidos pela escala GMFM constataram maior evolução no paciente que recebeu a FES no músculo tríceps sural, assim como melhora da ADM passiva e aumento de força muscular de dorsiflexores e plantiflexores, redução do grau de espasticidade e evolução nas variáveis da marcha. Desta forma a FES demonstrou resultados positivos no tratamento de musculatura espástica com evolução na funcionalidade da marcha.Palavras-chave: paralisia cerebral, estimulação elétrica funcional, hemiparesia, espasticidade.Â