NARRAR PARA TRANSMITIR A FÉ:

Acredita-se que para o pentecostalismo brasileiro a fé deixou de envolver conhecimento, crença e confiança para tornar-se algo emocional, usado quando houver pouca evidência. Dessa forma, o presente texto objetiva desenvolver uma reflexão prática sobre a transmissão de fé através das narrativas experiências comum entre os fieis ligados a Igreja Assembleia de Deus no Brasil. Esse artigo foi elaborado como resultante de uma pesquisa de caráter qualitativa adotando o método de investigação analítico-bibliográfico. Para atingir o objetivo proposto, o texto está baseado principalmente no pensamento do teólogo João Batista Libanio, que demonstrou interesse a respeito da teologia narrativa. O resultado aponta que o excesso de intelectualização dos saberes que cria conceitos abstratos – como é próprio da teologia dogmática – provoca uma reação de afastamento de muitas comunidades religiosas, embora as narrativas de experiências existenciais sejam facilmente compreendidas e aceitas pela maioria dos grupos sociais por conta que, a narração, leva a todos, independente de sua classe social e educacional, a compreender aquilo que apenas uma minoria entendia pela forma conceitual. Atrelado ao fato que a Igreja Assembleia de Deus é uma denominação que valoriza a narração, mesmo de forma inconsciente, ela possui a teologia narrativa como sua forma de ensino e proclamação.  A contribuição deste texto consiste em ser mais um esclarececimento que a teologia pentecostal é racional ao seu jeito e que oferece, em conjunto com as demais teologias, novas possibilidades de interpretar a fé cristã.