
A Relevância Do Treinamento De Habilidades Não Técnicas Na Atuação De Pilotos De Avião
Author(s) -
João Pedro Lima Acosta
Publication year - 2021
Publication title -
núcleo do conhecimento
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2448-0959
DOI - 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/ciencias-aeronauticas/pilotos-de-aviao
Subject(s) - humanities , philosophy , physics
Historicamente, a formação de pilotos de avião foi, de modo predominante, voltada ao treinamento e desenvolvimento de habilidades técnicas, isto é, aquelas ligadas a aspectos como o controle da aeronave, o conhecimento de sistemas e motores e a navegação aérea. Com o advento de aeronaves comerciais cada vez mais automatizadas, os pilotos passaram a desempenhar também uma nova função, a de gerenciadores de sistemas automatizados. Por certo, a automação aumentou a segurança das operações aéreas devido à diminuição de falhas técnicas relacionadas à integridade da aeronave. Contudo, acidentes e incidentes aeronáuticos ainda ocorrem, tendo agora como principal fator contribuinte o aspecto humano e operacional. Logo, identificou-se a necessidade de melhorar o treinamento desses pilotos sob a ótica das habilidades não técnicas. Considerado esse cenário, o presente estudo foi realizado com o objetivo de elucidar a importância do desenvolvimento de habilidades não técnicas na atuação dos pilotos de avião. Tais habilidades são mais comumente ensinadas por meio de treinamentos como o Crew Resource Management (CRM), o Line Oriented Flight Training (LOFT), o Treinamento de Habilidades Sociais (THS), o Multi-Crew Pilot License (MPL) e o Competency-Based Training (EBT), bem como identificadas pelo sistema NOTECHS. O propósito desses treinamentos é ensinar e desenvolver habilidades como comunicação e gerenciamento de recursos de cabine, atitude, julgamento, tomada de decisão, assim como o manejo de respostas emocionais e de fatores estressores. No entanto, tais treinamentos aqui citados ainda são de difícil acesso no mundo, principalmente no Brasil, então, é necessário que as agências reguladoras criem normas que implementem esses treinamentos nas instituições de ensino, para que no futuro tenha-se uma diminuição do fator humano como contribuinte das ocorrências aeronáuticas através de um correto treinamento e atuação dos profissionais.