
Acervos e história de criação das coleções mastozoológicas mantidas no estado da Bahia, Brasil
Author(s) -
Martín Roberto Del Valle Alvarez,
Téo Veiga de Oliveira,
Raymundo J. Sá-Neto,
Ricardo Dobrovolski,
Deborah Faria,
Carolina Saldanha Scherer,
Élson Oliveira Rios,
Renato Oliveira Affonso,
Binael Soares Santos,
Maria Conceição Gomes
Publication year - 2021
Publication title -
brazilian journal of mammalogy
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2764-6394
pISSN - 2764-0590
DOI - 10.32673/bjm.vie90.24
Subject(s) - humanities , art
O Brasil nasceu na Bahia, sendo sua primeira “capital” em séculos. A Bahia é o quinto estado brasileiro em extensão territorial, possuindo uma ampla rede hidrográfica, a maior costa atlântica e três biomas terrestres: Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado. A primeira instituição de ensino superior baiana foi a UFBA, fundada em 1808 e posteriormente foram instituídas outras universidades. Não é surpreendente que os inúmeros naturalistas que percorriam o território baiano depositassem o material arrecadado no exterior ou em outros estados. Este estudo apresenta as coleções científicas de mamíferos que existem atualmente na Bahia, com seus acervos, a história de seu estabelecimento, os desafios que enfrentam e como são modelados de acordo com as circunstâncias atuais, determinados pelo número de profissionais no Estado e pela formação de especialistas. Existem apenas três coleções institucionalizadas no estado, que juntas mantêm um acervo de aproximadamente 5.000 espécimes, vinculadas a universidades públicas (UFBA, UEFS e UESC) e com curadoria oficialmente reconhecida. Existem também coleções paleontológicas e outras de trabalhos em laboratórios de universidades e organizações não governamentais (ONGs). A maior coleção (cerca de 3.000 exemplares) encontra-se na Coleção de Mamíferos "Alexandre Rodrigues Ferreira" (CMARF-UESC). Nesse contexto, corroboramos uma enorme carência de profissionais, infraestrutura e espécimes depositados nas coleções mastozoológicas baianas relacionadas ao profundo desconhecimento da diversidade de mamíferos da Bahia.