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Qualidade de Vida de Pacientes Oncológicos em Cuidados Paliativos Domiciliares e Desafios da Prática Médica diante da Finitude da Vida
Author(s) -
Valdeci Bosco dos Santos,
Ana Cristina Vidigal Soeiro,
Cristiane Ribeiro Maués
Publication year - 2020
Publication title -
revista brasileira de cancerologia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2176-9745
pISSN - 0034-7116
DOI - 10.32635/2176-9745.rbc.2020v66n4.423
Subject(s) - palliative care , medicine , humanities , nursing , philosophy
Introdução: Os cuidados paliativos (CP) despontam como importante abordagem terapêutica diante do avanço do câncer. Objetivo: Identificar os fatores que interferem na qualidade de vida (QV) de pacientes em CP domiciliares e discutir questões relacionadas à prática médica no cuidado em saúde. Método: Pesquisa quanti-qualitativa, transversal e descritiva, com participação de nove pacientes em acompanhamento domiciliar no Hospital Ophir Loyola (HOL), e utilização do Palliative Outcome Scale (POS), do Questionário de Perfil Pessoal do Paciente e do Questionário de Qualidade de Vida. Resultados: Todos os participantes foram diagnosticados há mais de um ano e estavam em CP há mais de seis meses, sendo que a maioria já havia realizado diferentes modalidades terapêuticas, destacando-se a quimioterapia. O principal local de tumor primário foi a mama e, entre os sintomas físicos apresentados, a presença de dor foi relatada pela maioria dos participantes. Categorias analíticas emergiram do tema QV, sendo a manutenção da saúde, o convívio familiar, o equilíbrio financeiro, a importância da fé e a esperança, a realização de atividades cotidianas e laborais e a manutenção da autonomia identificadas como variáveis que interferem positivamente na QV. As dificuldades socioeconômicas foram associadas a piores desempenhos no POS. Todos apresentaram uma avaliação positiva do trabalho desenvolvido pela equipe de CP. Conclusão: Agravos clínicos e sociais, com destaque para a dor e as limitações econômicas, são fatores que interferem na QV dos pacientes em atendimento domiciliar. Apesar dos avanços alcançados, a medicina ainda necessita priorizar a terminalidade da vida como parte indissociável da formação e prática médica.

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