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Ética e solidariedade: uma lição da pandemia
Author(s) -
Juliana Prates Santana,
Alvino Moser,
José Lauro Martins
Publication year - 2021
Publication title -
griot
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2178-1036
DOI - 10.31977/grirfi.v21i3.2457
Subject(s) - humanities , philosophy
O artigo examina uma possível ética para o cenário atual, a fim de aproximar os seres humanos e despertar neles um sentimento de solidariedade. Para tal exame, a princípio, questiona teorias como o utilitarismo revisto por Rawls. Busca um critério válido para todos os participantes de um certo universalismo ou para um “nós” real e não excludente. Propõe o apelo à solidariedade como uma forma de unir as pessoas, oposta ao egoísmo. Depois, defende a solidariedade, conforme Richard Rorty. Este filósofo afirma a necessidade de um acordo entre os membros da sociedade, pois só assim haveria um verdadeiro “nós”. A seguir, observa a questão de como tornar as pessoas mais solidárias, mas sem recorrer à perspectiva metafísica tradicional acerca da humanidade: aposta na existência de características partilhadas que levam à igualdade democrática, porém respeitando as diferenças de cada um. Questiona ainda o que levaria os mais ricos a se solidarizarem com os mais pobres, observando propostas feitas por Rorty acerca da sensibilização, da apresentação do risco de pobreza aos ricos e de um apelo ao sentimento de humanidade. Por fim, considera o igualitarismo rortyano, segundo o qual a solidariedade está além da racionalidade. Ela seria historicamente constituída e embasada na relação com o outro, no sentimento comum de vulnerabilidade, crucial à sociedade em tempos de pandemia.

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