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Preposições de ALVO no português brasileiro: uma comparação entre ‘para’ e ‘até’
Author(s) -
Thayse Letícia Ferreira,
Renato Miguel Basso
Publication year - 2019
Publication title -
revista linguística/lingüística
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2238-975X
pISSN - 1808-835X
DOI - 10.31513/linguistica.2019.v15n3a27505
Subject(s) - humanities , philosophy
Neste trabalho, investigamos, no quadro da Nanossintaxe (STARKE, 2009; PANTCHEVA, 2011), as preposições que expressam ALVO no português brasileiro (PB), com foco nas distinções entre ‘para’ e ‘até’. Argumentaremos que embora essas preposições quando combinadas a um evento de movimento indiquem o ponto final de uma trajetória (p(1)), há diferenças semânticas sutis em seus usos que apontam para a lexicalização de estruturas sintáticas distintas. Nesse sentido, ‘para’ e ‘até’ não competem para o spell-out de um mesmo segmento da hierarquia funcional espacial. Tal fato justifica o comportamento dessas preposições frente a alguns testes, como o acarretamento do alcance do alvo, a possibilidade de combinação com sintagmas de medida temporais, o efeito de imperfectividade e a ambiguidade com o advérbio ‘quase’. Com a análise, demonstraremos que ‘para’ é uma preposição aproximativa, que lexicaliza os núcleos [scale, goal], ao passo que ‘até’ é uma preposição terminativa, lexicalizando [bound, goal]. Por fim, discutimos, também, uma estrutura especial em que a preposição ‘em’ parece veicular o ALVO de um movimento, argumentando contra a ambiguidade entre uma leitura locativa e outra de trajetória para essa preposição. Seguindo Gehrke (2008), sugerimos que ‘em’ lexicaliza apenas o núcleo de lugar, sendo a interpretação de ALVO um caso de falso sincretismo no PB.

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