
Contribuições, Participação, Organização e Representação da Análise Experimental do Comportamento nos Eventos e na Organização da Psicologia no Brasil: a ABPMC como condição e ponto de partida
Author(s) -
Sílvio Paulo Botomé
Publication year - 2006
Publication title -
revista brasileira de terapia comportamental e cognitiva
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1982-3541
pISSN - 1517-5545
DOI - 10.31505/rbtcc.v8i2.103
Subject(s) - humanities , philosophy , physics
A atividade científica ocorre sob influências políticas científicas, acadêmicas e sociais. No Brasil, particularmente, o trabalho de produzir conhecimento científico depende intensamente dessas condições. As possibilidades de produzir conhecimento em Análise Experimental do Comportamento e suas decorrências, tanto científicas quanto tecnológicas e sociais, ainda estão muito limitadas por desconhecimento ou por preconceito. A organização dos analistas de comportamento, sua participação no sistema de desenvolvimento de ciência, tecnologia e ensino superior no país é uma condição importante para o desenvolvimento dessa área na psicologia. Uma organização apenas circunstancial, improvisada ou localizada em áreas geográficas ou em grupos não representativos correrá o risco de ser ineficiente e ter pouca força ou durabilidade. Organização e representação dependem de condições de representatividade. Isso tudo exige uma estrutura básica de relacionamento e de trabalho que sustentem a organização, a participação e a representatividade. Todas essas condições, por sua vez, dependem fortemente de uma progressiva capacitação e aperfeiçoamento dos analistas de comportamento, para que o desenvolvimento da AEC no país não seja avaliado apenas por quantidade de publicações, de eventos ou de participantes nos mesmos. O volume de produção e de atividade precisa expressar também um aperfeiçoamento na qualidade da produção, na formação de novos analistas, no permanente aperfeiçoamento, em uma profunda atualização dos já atuantes, na melhoria das condições de produção de conhecimento sobre o comportamento e sobre a divulgação e difusão desse conhecimento e na formação de novas gerações de psicólogos. Na primeira década do século XXI, já existem revistas, programas de pós-graduação e cursos voltados para esse conhecimento e para a atuação dos analistas de comportamento. Parece ser um bom momento para avaliar o que, historicamente, tem sido feito com as associações e tentativas de organização em âmbito nacional, regional ou local e começar um trabalho para construir uma organização, participação e representação maior da AEC no sistema de desenvolvimento de ciência, tecnologia e ensino superior no país, por mais precário que este ainda seja, ou por mais incipientes que os esforços iniciais possam ser para construir essas condições.