
O que se faz e o que se diz: auto-relatos emitidos por terapeutas comportamentais
Author(s) -
Wilton de Oliveira,
Vera Lúcia Adami Raposo do Amaral
Publication year - 2009
Publication title -
revista brasileira de terapia comportamental e cognitiva
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1982-3541
pISSN - 1517-5545
DOI - 10.31505/rbtcc.v11i1.396
Subject(s) - psychology , humanities , developmental psychology , philosophy
A presente pesquisa teve o objetivo de verificar as relações entre os auto-relatos emitidos por três terapeutas comportamentais (com tempo de experiência distinto) sobre seus próprios comportamentos na interação com seus clientes e os respectivos comportamentos que de fato ocorreram. Nove sessões foram filmadas e transcritas integralmente. Selecionaram-se episódios em que os terapeutas emitiram comportamentos, dos quais foram formuladas questões para coletar os auto-relatos. Sete dias após a sessão aplicou-se o questionário; apenas na terceira sessão os terapeutas assistiram à filmagem antes da entrevista. As categorias de análise tiveram como base o operante verbal tato. A Terapeuta a: apresentou os índices mais elevados de distorções nos autorelatos, sendo seguida pela Terapeuta b: ambas apresentaram freqüências de desempenhos instáveis; a Terapeuta c: apresentou os menores índices de distorções e o desempenho mais estável e foi à única que afirmou não se lembrar do que fez na sessão. Os resultados corroboram a teoria analítico-comportamental: auto-relatos sobre o passado tendem a ser imprecisos.