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Gênero, raça e trabalho na Arqueologia Colonial das Américas Espanholas
Author(s) -
Barbara L. Voss
Publication year - 2017
Publication title -
vestígios
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2316-9699
pISSN - 1981-5875
DOI - 10.31239/vtg.v11i2.10449
Subject(s) - humanities , art , colonialism , saint , geography , art history , archaeology
Gênero e raça são temas centrais das investigações arqueológicas do Império. Nessa pesquisa sobre a colonização espanhola das Américas, uma teoria proeminente, o padrão de Saint Augustine [the St. Augustine pattern], argumenta que a coabitação entre homens espanhóis e mulheres americanas ou africanas nos assentamentos coloniais resultou em uma forma distintivamente generificada de transformação: elementos culturais indíginas, africanos e sincréticos aparecem nas atividades do ambiente doméstico privado, associadosa mulheres; já elementos culturais europeus são conservadoramente mantidos publicamente nas atividades visíveis masculinas. Esse artigo reconsidera o padrão de Saint Augustine através da análise da nova pesquisa que revelou uma diversidade considerável nos processos e resultados da colonização nas américas espanholas. Métodos arqueológicos, tais como o padrão já referido, se baseiam em categorias binárias de análise, mascarando assim a complexidade e ambiguidade da cultura material nos sítios coloniais. Ademais, a abundância e onipresença da cultura material indígena, africana e sincrética nas habitações coloniais no circum-Caribe indica que a macroescala das relações econômicas, de troca e trabalho, mais do que a composição das habitações, eram causas importantes da transformação cultural colonial nas Américas. O foco analítico no trabalho em composições coloniais providencia uma metodologia multiescalar que abrange tanto emaranhados a nível institucional quanto doméstico entre colonizadores e colonizados.