z-logo
open-access-imgOpen Access
Autocompaixão, bem-estar subjetivo e estado de saúde na idade avançada
Author(s) -
Liliana Filipa Dias Parente,
Marina Cunha,
Ana Galhardo,
Margarida Couto
Publication year - 2018
Publication title -
revista portuguesa de investigação comportamental e social
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2183-4938
DOI - 10.31211/rpics.2018.4.1.57
Subject(s) - humanities , psychology , philosophy
Introdução: O aumento da população envelhecida constitui um avanço na sociedade, mas também um grande desafio, impondo a necessidade de ações que promovam um envelhecimento bem-sucedido.Objetivos: Analisar de que forma é que a autocompaixão, satisfação com a vida, afetos, estado de saúde físico e mental se encontram associados na idade avançada, controlando ainda o efeito do sexo, idade, escolaridade, local de residência e tipo de resposta social dos participantes. Explorar qual o conjunto de variáveis que melhor prediz a satisfação com a vida e o estado de saúde nos idosos.Método: 155 indivíduos, com idades entre os 65 e 94 anos, dos distritos de Coimbra e Leiria responderam a um conjunto de instrumentos administrados no formato de entrevista.Resultados: 1) A idade, a escolaridade e o local de residência apresentaram uma correlação significativa e no sentido esperado com a saúde física e mental, e com o afeto positivo. O tipo de resposta social dos idosos mostrou-se associado a quase todas as variáveis em estudo. Globalmente, os idosos que se encontram no seu domicílio apresentam uma maior satisfação com a vida, uma melhor saúde física e mental, mais traços compassivos, e mais afeto positivo, comparativamente aos que se encontram sob resposta social; 2) Foram encontradas associações significativas e no sentido esperado entre a autocompaixão, bem-estar subjetivo e estado de saúde; 3) A perceção da saúde física está associada a uma maior satisfação com a vida e menor idade do idoso; a perceção da saúde mental está associada ao aumento da satisfação com a vida, da autocompaixão e diminuição dos afetos negativos; e, por último, a satisfação com a vida está associada a uma superior saúde física e autocompaixão.Conclusões: Estes resultados sugerem a importância do desenvolvimento de estratégias psicológicas que permitam lidar de forma mais calorosa, tolerante e aceitante o sofrimento resultante dos momentos difíceis típicos da idade avançada, apoiando o possível benefício das terapias focadas na compaixão junto desta população específica, nomeadamente na promoção da satisfação com a vida e saúde mental.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here