Análise morfofisiológica de plantas de Coffea arabica L. em períodos de seca e de precipitação

O cafeeiro possui forte influência na economia do Brasil ocupando extensas áreas de cultivo do país. No entanto, este perfil estável tende a ser ameaçado por eventos extremos resultantes do aquecimento global, como a seca. Neste estudo, avaliaram-se plantas de Coffea arabica sendo as cultivares Obatã, Mundo Novo e Catuaí Vermelho, a variedade Semperflorens e 19 genótipos em fase de seleção, em cinco períodos alternados, sob ausência ou não de precipitação pluvial, durante 111 dias. No período sem ocorrência de precipitação pluvial (período de seca) com temperatura máxima de até 25 °C, 14 genótipos apresentaram murcha foliar e conteúdo relativo de água (CRA) igual ou inferior a 60 % e as demais plantas estavam sem sintoma e com maior CRA. As plantas murchas apresentaram turgidez foliar e maior CRA logo após a precipitação. No entanto, quando o período de seca estava associado à temperatura acima de 30 °C, por vários dias consecutivos, a maioria das plantas com murcha foliar manteve este sintoma mesmo após a ocorrência de precipitação pluvial, com exceção do genótipo 13 e da variedade Semperflorens que estavam com turgidez foliar. Os resultados obtidos são preliminares, porém estes indicam que plantas de C. arabica são afetadas em maior e menor intensidade pela seca associada, respectivamente, com temperatura superior a 30 °C ou de até 25 °C.