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Os jesuitas en Portugal e a ciencia: continuidades e rupturas (séculos XVI-XVIII)
Author(s) -
Carlos Fiolhais,
José Eduardo Franco
Publication year - 2017
Publication title -
antiguos jesuitas en iberoamérica
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2314-3908
DOI - 10.31057/2314.3908.v5.n1.17656
Subject(s) - humanities , art , philosophy
Apresenta-se, em resumo, a ação dos Jesuítas em Portugal no domínio da ciência, desde a sua entrada em Portugal, no ano de 1540, até à sua expulsão pelo Marquês de Pombal, em 1759. Foi extraordinária a rápida expansão da sua rede de colégios no país e em todo o mundo, incluindo o Brasil, a Índia, a China e o Japão. O Colégio das Artes em Coimbra produziu, entre 1592 e 1606, um conjunto de comentários a Aristóteles que se espalhou nos colégios jesuítas. Por outro lado, no Colégio de S. Antão em Lisboa, funcionou, de 1590 a 1759, uma escola de matemática, intitulada a Aula da Esfera, servida por alguns professores estrangeiros, por exemplo, o italiano Christophoro Borri. Foram esses mestres que trouxeram, não só para Portugal, como também para vários lugares, mesmo os mais remotos do império, as técnicas de observação astronómica introduzidas por Galileu, alargando à escala global a Revolução Científica. O Observatório Astronómico e o Tribunal da Matemática na corte imperial chinesa foram o expoente dessa ação. A meio do século XVIII, pressionados pelo antijesuitismo apoiado pela coroa, a sua ação foi fortemente contrariada. Apesar das acusações de desatualização científica, o certo é que alguns Jesuítas, como o padre Inácio Monteiro, não podem deixar de ser considerados modernos.  A extinção da Ordem deixou um vazio no sistema de ensino português, o qual a Reforma Pombalina da Universidade de Coimbra só em parte preencheu.

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