
Conhecimento e percepção dos acadêmicos de Odontologia do Paraná sobre maus-tratos infantis
Author(s) -
Larissa Alves Leonardi,
Ana Karoline da Cruz Novaes,
Gabriela Fonseca-Souza,
Juliana Feltrin de Souza
Publication year - 2021
Publication title -
revista da abeno
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2595-0274
pISSN - 1679-5954
DOI - 10.30979/revabeno.v21i1.1254
Subject(s) - humanities , philosophy , physics , psychology
Os maus-tratos (MT) na infância têm grandes repercussões na vida da criança. Os profissionais de saúde têm a responsabilidade legal de notificar os casos suspeitos. Para tanto, é necessário o conhecimento sobre diagnóstico e condutas frente aos MT. Este estudo observacional transversal teve por objetivo avaliar o conhecimento e a percepção dos acadêmicos do curso de Odontologia sobre MT infantis. Um questionário semiestruturado contendo questões sobre características demográficas, percepção e conhecimento quanto aos MT foi aplicado pelo Google Forms. O escore de conhecimento foi calculado pela soma de acertos, variando de 0 a 14 pontos. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente de forma descritiva e inferencial. O escore de conhecimento foi analisado em relação às características por meio do teste U de Mann-Whitney ou correlação de Spearman, com nível de significância de 5%. Um total de 146 acadêmicos (30,41%) participaram da pesquisa, a mediana obtida foi 10 (Min-6 Máx-14). Quanto à definição de MT, 98,6% (n=144) dos acadêmicos afirmaram conhecê-la e 54,3% (n=75) relataram ter recebido informações sobre o tema em aula. Quanto à conduta, 49% (n =71) alegaram não saber agir frente aos casos de MT. Houve correlação positiva significativa entre o escore de conhecimento e os períodos curriculares. Conclui-se que alguns aspectos do tema MT, como o diagnóstico, são bem conhecidos pelos acadêmicos, porém os aspectos relacionados à conduta são poucos conhecidos. Conclui-se também que o escore de conhecimento foi maior nos estágios mais avançados do curso. Quanto às percepções, notou-se insegurança dos acadêmicos em agir frente aos casos de MT na infância.