
Distribuição dos cursos de Odontologia e de cirurgiões-dentistas no Brasil: uma visão do mercado de trabalho
Author(s) -
Alissa Schmidt San Martin,
Luiz Alexandre Chisini,
Stephani Martelli,
Letícia Regina Morello Sartori,
Ezequiel Caruccio Ramos,
Flávio Fernando Demarco
Publication year - 2018
Publication title -
revista da abeno
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2595-0274
pISSN - 1679-5954
DOI - 10.30979/rev.abeno.v18i1.399
Subject(s) - humanities , geography , chemistry , art
Tendo em vista a expansão dos cursos de Odontologia (CO) e o aumento do número de cirurgiões-dentistas (CD) no Brasil, o objetivo do presente estudo foi descrever a distribuição dos CO e dos CD nas diferentes regiões do Brasil. Além disso, foi comparada a proporção do número de habitantes/dentista (NH/CD) com os indicadores da Organização Mundial da Saúde (OMS). Dados relativos à quantidade de CO e CD foram obtidos do Conselho Federal de Odontologia (CFO). O número de habitantes estimado para cada local foi investigado pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram calculadas as concentrações NH/CD para comparação com o índice recomendado pela OMS. Todos os dados foram coletados entre maio e junho de 2016. Para analisar se o número de CO está correlacionado ao número de CD e NH/CD, foi realizado o teste de Correlação de Pearson. Foram identificados 220 cursos, sendo majoritariamente privados (75%) e localizados no Sudeste (43,6%). A região Norte foi a que menos apresentou CO (10%) e o menor número de CD. Foram identificados 274 mil CD registrados, concentrados principalmente na região Sudeste (55,7%), seguida pela região Sul (16,8%). Todas as regiões brasileiras apresentam menor razão de NH/CD que o recomendado pela OMS, indicando que há mais dentistas que o necessário na maior parte do país. Uma correlação positiva (0,98) foi observada entre o número de CO e o número de CD, enquanto uma correlação de 0,44 foi observada entre o NH/CD. Assim, o mercado de trabalho odontológico brasileiro mostra-se saturado e altamente competitivo, com um número muito maior de profissionais por habitante que o recomendado pela OMS. Ainda, existe concentração de profissionais nas regiões mais desenvolvidas e ricas do país.