
Eles estão à solta, mas nós estamos correndo atrás. Jornalismo e entretenimento no Custe o que Custar
Author(s) -
Juliana Freire Gutmann,
Thiago Emanoel Ferreira dos Santos,
Itânia Maria Mota Gomes
Publication year - 2009
Publication title -
e- compós
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1808-2599
DOI - 10.30962/ec.331
Subject(s) - humanities , art , philosophy , political science
Neste artigo, analisamos a articulação entre jornalismo e entretenimento no programa Custe o que Custar, uma criação da Eyeworks-Cuatro Cabezas, que estreou no Brasil no mês de março de 2008, pela Rede Bandeirantes. A partir da aplicação da Metodologia de Análise de Telejornalismo do Grupo de Pesquisa em Análise de Telejornalismo, identificamos que o modo de endereçamento do CQC remete, ao mesmo tempo, ao jornalismo e ao entretenimento e convida os telespectadores a compartilharem da articulação entre as duas instâncias, sem prejuízo ou deformação de nenhuma delas. Acreditamos que o CQC consegue aliar jornalismo a humor sem perder de vista premissas e valores que constituem o jornalismo como instituição social - ainda que essas premissas e valores sejam reconfigurados. Encontramos, no CQC, a construção da credibilidade jornalística; o recurso às noções de imparcialidade, objetividade, atualidade, interesse público e responsabilidade social; a afirmação da independência do campo político e um modo muito interessante de lidar com o campo econômico.