
Há sempre uma imagem que falta:
Author(s) -
Roberta Oliveira Veiga
Publication year - 2021
Publication title -
e- compós
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1808-2599
DOI - 10.30962/ec.2125
Subject(s) - art , humanities
Nesse artigo, tomamos o filme A imagem que falta (2013) como dispositivo mnemônico que permite ao cineasta, Rithy Panh, reconstruir sua experiência do genocídio cambojano, através das lembranças e da falta delas. Ao empenhar-se no testemunho de um tempo de terror vivido coletivamente, Panh coloca o passado em elaboração através das imagens – seja de arquivos ou dos bonecos filmados - e alcança ainda duas questões ligadas ao cinema: por um lado, a insuficiência do mesmo frente ao processo do trauma, e, por outro, sua potência política na reparação de um dano social. Entre as singularidades dessa potência está o modo com a infância lembrada no filme se revela como resistência.