Influências paulinas e maniqueias em De Genesi adversus Manichaeos de Santo Agostinho

Em 388, animado pela exegese recebida de Ambrósio e das cartas paulinas, Agostinho lança-se pela primeira vez na tarefa interpretativa dos capítulos iniciais do Génesis – obsessão que o acompanhará durante toda a sua vida. Embora movido pelo propósito inicial de refutar o maniqueísmo, na verdade esta paixão hermenêutica pela narrativa da Criação – a que regressará noutras quatro diversas ocasiões – permite novas formas de pensar as Escrituras. Este estudo propõe ler De Genesi adversus Manichaeos à luz do passado maniqueísta de Agostinho bem como da estrutura e linguagem de 1 Coríntios.