
ADUA: um nome próprio, palimpséstico e pirilâmpico
Author(s) -
Flávia Natércia da Silva Medeiros
Publication year - 2020
Publication title -
lexcult
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2595-6728
pISSN - 2594-8261
DOI - 10.30749/2594-8261.v4n3p108-136
Subject(s) - humanities , art
No final do século XX, a instalação de dispositivos de inclusão social contribuiu para a instauração de uma crise da mediação e da representação política. Apesar de persistirem injustiças e desigualdades, sobretudo em países que se desenvolveram explorando pessoas escravizadas, há diversos sinais de mudanças positivas em curso. Na Itália, escritores como Igiaba Scego têm escrito em italiano sem esquecer as próprias origens, dando vida e voz a pessoas apagadas da história oficial do país e estimulando uma reconfiguração de sua identidade, construída como católica e branca. Dando continuidade a seu projeto político, Scego escreveu o romance Adua, contado em três tempos: os anos 1930, marcados pelo regime fascista de Beni