
As políticas de fronteiras da União Europeia: Espaço Schengen e a Frontex
Author(s) -
Fernando José Ludwig
Publication year - 2019
Publication title -
revista videre
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2177-7837
pISSN - 2177-2150
DOI - 10.30612/videre.v11i21.8979
Subject(s) - political science , humanities , philosophy
Não resta dúvidas que as fronteiras são primordiais para o entendimento das relações internacionais e, sobretudo no que tange os processos de integração regional, tais com a União Europeia (UE), Mercado Comum do Sul (Mercosul), União Africana (UA), por exemplo. Mesmo encontrando um certo consenso em tal afirmação, o mesmo não vale para emancipação dos estudos fronteiriços em direção ao centro das Relações Internacionais. Desta feita, a UE é, sob os mais variados aspectos, uma rica fonte de concepções sobre fronteiras. Assim, o presente artigo busca inquirir sobre a dualidade de entendimento das fronteiras internas e externas à partir da percepção europeia. Nomeadamente, assimilar de que forma estas percepções, de certa forma, antagônicas permeiam o processo de integração regional europeu. Para este fim, a inferência ontológica proposta circunda a continuidade ou não do entendimento interno das fronteiras europeias em direção ao seu domínio externo. Argumenta-se que há um ruptura no entendimento crítico (envolvendo a Teoria Crítica) das fronteiras no espaço interno da UE, em contraposição ao entendimento externo, receptivo a erudição tradicional das fronteiras, ou seja, expressa e tacitamente enquanto parte limítrofe de um Estado (ou, neste caso, de uma organização regional). Ainda, para sustentar tal construção, o presente artigo toma como estudos de caso, internamente o Espaço Schengen e, externamente a Frontex.