
Do chão do sertão ao coração do poeta: a identidade piauiense na poesia da “lira sertaneja” de Hermínio Castelo Branco
Author(s) -
Elisabeth Mary de Carvalho Baptista
Publication year - 2017
Publication title -
entre-lugar
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2177-7829
pISSN - 2176-9559
DOI - 10.30612/el.v8i15.7294
Subject(s) - humanities , art , cartography , geography
Expressada pela ideia e sentimento de pertencimento a um grupo ou lugar, a identidade se formula através de diferentes formas de representação ou símbolos, podendo se relacionar à história, valores, língua, folclore e lugares. A relação com o lugar pode se constituir como fator de construção da identidade, pois as referências com a terra onde se nasce, se herda valores e constroem-se memórias, podem definir a essência de um grupo humano. Dentre as formas de representação desse simbolismo da identidade, a literatura permite que se registrem estórias contadas sobre lugares, memórias que conectam presente e passado e imagens construídas. Um dos elementos de construção da identidade do povo da região nordeste brasileira, encontra-se na importância dada ao espaço geográfico do sertão. Na literatura piauiense identifica-se na poesia de Hermínio Castelo Branco, em três de seus poemas da obra “Lira Sertaneja”, intitulados “Em Viagem ao Amazonas”, “À Margem do Rio Negro” e “Canto do Desterrado”, uma forte conotação de sua relação intrínseca com o Piauí, ensejando uma identidade para com sua terra e através dela seu desejo de que se conservassem imutáveis os cenários que amava, tanto humanos como geográficos, objeto de estudo deste artigo.