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Os padrões dos livros de lições de coisas
Author(s) -
Kazumi Munakata
Publication year - 2017
Publication title -
educação e fronteiras
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2237-258X
pISSN - 1982-6273
DOI - 10.30612/eduf.v7i20.7429
Subject(s) - humanities , art , philosophy
As lições de coisas, em geral conhecidas também como “método intuitivo”, constituem proposta pedagógica que preconiza o contato direto do educando com o mundo, pela observação, experimentação e manipulação, em vez de conhecê-lo pela leitura dos livros. Apesar disso, produziram-se na França, Itália, Espanha e Brasil (e possivelmente também em outros lugares), muitos livros didáticos de lições de coisas. Quais são, então, os padrões de linguagem desses livros? Este artigo faz parte do projeto de pesquisa “Das palavras às coisas: mudanças nos padrões de ensino no Ocidente, no século XIX e início do XX”, financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), entre 2013-2016. A pesquisa adota a perspectiva transnacional, que aborda a circulação em dimensões globais, internacionais, transnacionais, regionais e locais de ideias, significados e práticas e suas apropriações. Por isso mesmo a pesquisa baseou-se em arquivos do Brasil, Espanha e Argentina, além de acervos virtuais. A conclusão básica é a de que os livros didáticos de lições de coisas dividem-se em dois padrões de linguagem, a saber, os com narrativa e os sem narrativa; este último padrão possibilita a construção de uma moral utilitarista.

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