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A PÓS-MODERNIDADE E O PATRIMÔNIO CULTURAL EDIFICADO: QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS E SEU IMPACTO NA FORMAÇÃO DO CIDADÃO
Author(s) -
Priscila Henning
Publication year - 2021
Publication title -
revista dialectus
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2317-2010
DOI - 10.30611/2021n22id71233
Subject(s) - humanities , sociocultural evolution , sociology , art , anthropology
O artigo propõe uma análise do processo de expansão do conceito do patrimônio cultural ao longo dos séculos XX e XXI, com especial ênfase no contexto histórico-cultural da contemporaneidade. Neste período, diversos autores identificam uma condição sociocultural e estética específica que rompe com os paradigmas da modernidade, caracterizada como pós-modernidade ou outros termos com sentidos similares. O campo disciplinar da arquitetura e urbanismo foi, conforme afirmam Jameson (1997) e Harvey (2008), um dos primeiros a perceber esta ruptura – e as especificidades desta nova lógica cultural se faz sentir nas construções e nas cidades, inclusive nas tradicionais, reconhecidas como patrimônio. O campo específico do patrimônio cultural experimentou, nas últimas décadas, um acelerado processo de expansão tanto conceitual e de suas categorias, como também do seu recorte geográfico e temporal. Ferramenta essencial para a construção da cidadania, da educação cultural e cívica e da consciência coletiva, o patrimônio cultural parece experimentar, no último século, um reconhecimento sem precedentes. No entanto, por ser um acurado espelho da sociedade, as questões e tensões demonstradas pelo patrimônio cultural nas últimas décadas também refletem disputas: contestações e ressignificações de memórias e monumentos, confrontando as grandes metanarrativas totalizantes e universais da modernidade, em prol da construção de um discurso mais complexo, representativo, inclusivo e diversos. Outra questão que impacta o processo contemporâneo de patrimonialização é a comoditização da cultura e da memória, que passa a ser consumida e gerida pela indústria turística, sofrendo os efeitos típicos da sociedade do espetáculo que Débord (1997) descreve e que parece se consolidar cada vez mais, agora com o auxílio das tecnologias digitais. Com base neste quadro, questiona-se qual é o impacto destas questões na construção do cidadão contemporâneo, diante das complexidades, contradições e disputas narrativas, e quais seriam os desafios da educação patrimonial?

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