z-logo
open-access-imgOpen Access
A RECUSA DO MARXISMO VULGAR OU A CRÍTICA DO “PROGRESSO”: QUE AS COISAS CONTINUEM ASSIM, EIS A CATÁSTROFE
Author(s) -
Marta Maria Aragão Maciel
Publication year - 2021
Publication title -
revista dialectus
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2317-2010
DOI - 10.30611/2021n21id70896
Subject(s) - philosophy , ideal (ethics) , humanities , epistemology
Tendo vivido quase um século, Ernst Bloch viveu em sua quase totalidade o século XX. Em tal período, toda uma tradição do pensamento social crítico questionou o ideal de progresso dominante entre os séculos XVIII e XIX, ou seja, a época de expansão da burguesia em direção ao planeta inteiro. O escritor de Ludwigshafen, assim como outros pensadores da tradição alemã como Adorno e Benjamin, refletiu a relação entre progresso e catástrofe, rompendo com a ideia de um curso inevitável na história tendendo ao melhor. Na linha dessa reflexão, pretendemos abordar a filosofia de Ernst Bloch, particularmente em O princípio esperança [Das Prinzip Hoffnung], no interior da necessária crítica ao marxismo vulgar da social-democracia alemã da Segunda Internacional. No entender do filósofo, em sua visão determinista e antidialética da história, a social-democracia teria aderido ao ideal burguês de progresso fundado na simbiose entre progresso técnico e progresso social. Em sua opus magna, o pensador enfatiza que tal visão da história, pautada no otimismo de um progresso automático, estaria na contramão do “marxismo crítico”.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here