z-logo
open-access-imgOpen Access
A JUSTIÇA POPULAR E SEUS ATOS JURÍDICOS:O TRIBUNAL E SEUS REGIMES DE VERDADE NA (DES)QUALIFICAÇÃO DAS SUBJETIVIDADES
Author(s) -
Raquel Célia Silva de Vasconcelos
Publication year - 2017
Publication title -
revista dialectus
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2317-2010
DOI - 10.30611/2017n11id31006
Subject(s) - tribunal , humanities , political science , philosophy , law
 Este artigo analisa a justiça popular e seus atos jurídicos conduzidos pelo Tribunal e seus regimes de verdade. A justiça popular conduzida pelo tribunal representa os interesses da classe dominante ao legitimar a relação direito-justiça no seu exercício de poder. É uma pesquisa bibliográfica com viés exploratório dos textos de Foucault e a contribuição de outros autores. “Sobre a Justiça Popular”, texto foucaultiano, que centraliza as discussões sobre justiça, poder, violência e direito na formação do sistema judiciário ocidental. O Estado com uso da violência expressao poder como controle do corpo social a partir de seu enquadramento jurídico determinado pelo discurso de justiça popular emitido pelo Tribunal. Em “Sobre a Justiça Popular” Foucault aponta a relação saber-poder do sistema judiciário concebido ao Tribunal que discursa sobrejustiça na dimensão do ordenamento imposto pelo direito legitimando as ações do Estado. A justiça popular sob o domínio do Tribunal favorece, manipula e molda as massas. As reflexões foucaultianas acerca dos desdobramentos da ação jurídica instituída nas relações legitimadas pela violência na imposição da ordem são elucidações que direta e indiretamente perpassam discussões acerca dos discursos de verdade jurídico atravessando o saber como exercício de poder. Os atos da Justiça Popular e o Estado estão determinados pelo Tribunal que estabelece os critérios de sua concepção de justiça. Justiça e Poder no exercício das relações da prática judicial são engrenagens na efetivação dos critérios de definição entre meios e fins justos a partir das ações arbitráriasdo aparelho de Estado junto à população. O poder bem como a biopolítica são instâncias que delimitam a vida nua (mera vida) da população em situação de rua. Vida atravessada pela linha tênue entre o mundo dos corpos que devem ser cuidados e o mundo daqueles em que o estatuto de vida nua estão fora da jurisdição humana de modo tal que a violência cometida contra eles não constitui nenhuma violação.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here