
Diagnóstico sobre a avifauna recolhida no Estado de Goiás entre 2013 e 2017
Author(s) -
Dhego Ramon Santos,
Andréa Dos Santos Vieira,
Rogério José Da Costa,
Gabriel Eliseu Silva
Publication year - 2019
Publication title -
revista brasileira de estudos de segurança pública
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2175-053X
DOI - 10.29377/rebesp.v12iespecial.430
Subject(s) - humanities , geography , art
O tráfico de animais silvestres é uma prática antiga e é caracterizado pelo comércio ilegal de animais que são retirados de seus habitats naturais. Assim, este estudo objetivou apresentar os dados referentes à avifauna silvestre recolhida em Goiás. Para isso, foram analisados os Termos de Apreensões e Depósitos (TADs), os Autos de Infrações (AI) e os Registros de Atendimentos Integrado (RAI’s) de aves silvestres registrados pela Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), através do Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), entre os anos de 2013 e 2017. Como resultado, foram contabilizados 14283 espécimes recolhidos, sendo a maior parte oriunda de apreensões (55,20%). As espécies mais prejudicadas pelo tráfico foram Sicalis flaveola (Canário da terra), seguida pela Sporophila angolensis (Curió), Gnorimopsar chopi (Graúna), Sporophila nigricollis (Baiano), Amazona aestiva (Papagaio verdadeiro), Brotogeris chiriri (Periquito-do-encontro-amarelo) que, juntas, representaram 82,70% do total apreendido. Na Lista Nacional de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção, Crax fasciolata e Momotus momota são classificadas como “em perigo”; Guaruba guarouba e Pulsatrix perspicillata, Sporophila frontalis e Thamnophilus caerulescens como “vulneráveis”, Penelope superciliaris e Sporophila maximiliani como “criticamente em perigo. Verificou-se que o órgão que mais fez apreensão entre o período analisado foi o Comando de Policiamento Ambiental. Além disso, acredita-se que as políticas públicas sobre educação ambiental têm refletivo positivamente, já que, por mais que as entregas espontâneas realizadas pela população foram menores em relação às apreensões, houve um aumento gradual naquelas ao longo dos anos analisados.